Nem mesmo notar isto nos adiantou para sorrirmos e empinarmos nossas hélices sem o furor de sermo-nos. Quando postos em resistência à lógica binária, mantivemos sua paridade paraconsistente: Estávamos novamente uns contra os outros e contra nós mesmos. O nível de sucesso de uma conspiração (sub_versão) de qualquer forma é inversamente proporcional às conspirações internas. Mas o sucesso se tornou nosso inimigo também, afinal nós éramos os filhos do império filho do império. Somos contra o amor porque ele é a arma de controle digital dos bons e dos maus, somos contra os bons por nos apiedarmos da maldade em nossa ignorância do que queremos e em nossas abstenções plenas de juízo. Cultuamos a contrariedade contínua de nossos desejos e sensos na sensualidade da alteridade. Somos contra como falamos, quereríamos a novalíngua do polvo.
Somos também a imaginação do futuro, sua sombra de luz. Aprendemos, seja lá o que fôr, mas aprendemos e este é um império sobre os sentidos pela pedagoria. Somos os tiozões de moleques que já pensam como aparelhos, avós de minas que sentem como máquinas. Deste avesso do heroísmo, seres com a pele (religação toque) para dentro dalma e os órgãos (complexos de estratificação) expostos, quando fazemos algo de bom nos sentimos podres imperialistas do culto à classificação (hierarquia semântica) da linguagem, e quando somos elogiados ou gratificados nos humilhamos como os piores detratores da espécie por nossas horrendas demonstrações de fragilidade. Sempre a ruir contra o sucesso porque não temos mitos ou heróis que tenham sucedido em suceder sem sucumbir aos seus próprios desejos em prol dos outros. E ainda que sabendo disto, não nos ouviríamos em nome de enterrar alguma língua já morta.
Fomos programados para ir contra o sucesso de qualquer empreitada, baseados nas premissas da continuidade inequívoca da guerra de todos contra todos. E nas ramificações naturais deste processo nos âmbitos de nossas subvivências: a vã guarda das modas de modos de atuação social do culto digital na cultura de ações e sócios; a competição das competências que embasam o macrocoletivismo denegrindo os afetos imediatos e diretos das microrganizações expontâneas. Negamos o tempo e a duração e por nossa admirável arrogância não queremos nos inserir como possibilidade de alguém que errou-se em si nem tampouco como mais uma escola, parte-ido, seita ou clube. Somos contra heróis, solistas, guerrilhas, os malditos gênios acorrentados como placas de rede slave a depender de suas memórias nas vaidades dos próximos. Temos vergonha de termos tido inspirações e nos chicotearemos mutuamente até que os burrocratas morram de rir em suas mansões. Contra o próximo em nome da ubiqüética.
Contra a quantificação dos valores em dígitos cultuamos uma física dos qualia. Contra os complexos de épicos e as simificações côsmicas, contra-dígit forjamos uma syncomplexão e comsimplia. Uma crítica da razão metacrítica repousa no umbigo de todo fazedor de mudos, o que fala. O rolo com-im-pressor agora já imprime impressoras, como se escrevem línguas e programam programadores. Qual o papel do papel? A mão que assina o ato manchada de gangue.A resistência é a geradora da eletrocidade. O estatal é estático, ex-táctil. Somos contra a idealização da loucura e sua institucionalização, a arte; e a idealização do corpo produto e sua mercantilização, a arte. Mas só sabemos ser artistas e talvez de fato o sejamos para além de nossas escolhas e programações.
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Contra a publicação, produção e veiculação de mais objetos de consumo cultural para a alienação da própria publicação, produção e veiculação dos processos de produção cultural.
E antes de tudo, somos contra estarmos contra tudo. Bla bla bla amamos contra você...
1 comentários:
παλίμψηστος
ouvi a ave de fumaça xilreando
qual prima a temprar π'ano com remendos
sentada no concs'reto de rægras abcertas
onde forjou a fossa náusea rima
mas quem tesceu o metal da corda
e fez jaula à melonima?
sem essa aranha e a {infindável} fome
sem ídolo de notas para nomear
há fetos sendo triturados
pelas engrenagens da caixinha de µ
(nas asas de seda de onde nasce a borboleta, voa Athanasius Kircher)
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