Ciberpatia


3>3<Gambioafetividade

Performance dos encontros, afeto como mídia das maquinas sociantes. Como tornar os afetos para além das conexões sinapticas? Sinapses para além dos circuitos. Imagens para alem dos signos, toque no limite da idéia. Se tocam os corpos alem de onde a eletricidade conecta.
A transmutação de uma mosca em aranha. Como colocar o afeto dos signos como tecnologia? As conexões das faces, fantasias em ruído menor, produção de afetividade pelos prismas timbristicos, Produção de catarses. Conexões da festa e dos encontros, na produção dos fantasmas do aparelho e dos sonhos das maquinas. Qual a ética-estética dos afetos? Qual o modo de ser do que se gestando.  ambioafetividade para nao cair no arrastão dos afetos? Urano em Peixes. Dever-devir dos amores liqüefeitos. Qual a cancao de amor da solda para a placa de silicio? Como se rala o joelho de um micro-controlador e escuta o grito que vem de dentro das suas vísceras. Vísceras?
Semi-condutores? Computação afetiva. Dentes à mostra, sorriso ou ódio? Reconhecimento de faces e expressões faciais recai em um problema de particionamento de um espaço de características. Simples assim. conseguiremos atingir a máquino-afetividade a partir do momento que conseguirmos atingir a não-lógica através da lógica científica. como fazer uma calculadora apresentar inequivocamente que 1+1=3, através de uma lógica técnica perfeita? não se trata de fazer a máquina sentir, mas como fazer que elas representem afetos, coisas que vão além da lógica perfeita da programação. 

animal, larva augusta e solitdária

monogamiconormativismo. assim como no início das lutas por liberdade de genêro se prendia a poética pós-pornô (queer transgenérico) a um monte de preconceitos (vindos de fora e dos próprios participantes do movimento GBLTX) como bichinhas e sapas querendo fazer putaria, agora nos vemos reduzindo uma expansão social da ternura com preconceitos emocionais e relacionais arraigados tão a fundo que nem percebemos o quão triste é o nosso romance com o erotismo e o nosso erotismo com o romance.

Energia de contágio.
Afeto que transborda os códigos e vence a dureza da lógica matemática. Aprendizes de códigos bebendo e descobrindo a magia elétrica dos binários no sensível. Afetações de binários que sustentam perceptos e afetos. Como o código pode ser cor, som, gesto, forma? Como o sorriso transborda o reconhecimento da face que a máquina insiste em configurá-la? enquadrá-la? O amor cortês (monogâmico não-contratual) é probabilisticamente raro, e tratá-lo como tal, é uma forma de dar-lhe o devido respeito e tirar o peso terrível que tais relacionamentos adquiriram sobre a subjetividade humana (não só para os casai) para retomar as potências amorosas das partes envolvidas (um casal são no mínimo 3 nós numa rede ao invés de uma empresa). que digo? então, me sinto inclinado a crer que, somos levados a assumir as múltiplas possibilidades de amar (a plurigamia ou multigamia, como queiram) sendo um afrodisíaco de honestidade aos amores bilaterais.

arrancar a dentes cada processador existente no mundo, costurando no lugar, com pele e barramentos orgânicos, um legítimo coração humano! façamos isso, de modo que cada pulso de clock seja transmutado no mais apaixonado dos sangues do mais louco poeta; 
com todas as suas hemácias, plaquetas, doenças, e devaneios... façamos isso agora, amigos, para assim, quem sabe, chegar algum dia
na conclusão lógica, inequívoca, e perfeita: 1 + 1 = 3!

o que é tecnologia?o que é o afeto?o que são as tecnologias do afeto?
não se trata de livros de faces: falamos de afeto, relações pessoais ponto-a-ponto, não de dados frios e redutores (jaron lanier);os afetos estão muito além de qualquer conexão circuito/sináptica; é a "expressão qualitativa da quantidade de energia de vida", que extrapola qualquer forma de descrição objetivo (inclusive esta!); só podemos chegar mais próximo de compreendê-la através de uma análise complexa (edgar morrin) levando em conta todos seus aspectos/paradoxos; a gambioafetividade herda tal característica;abaixo a cibernética: não somos máquinas! o homem e suas relações não podem ser descritas em função desse sofisma; queremos mediar nossas relações/expressões afetivas através delas, mas nunca nos reduzirmos a elas!como criar tais tecnologias de afeto? construir junto? pair programming?compartilhar a solda? "technology for human beings"? "connecting people"?

nesse contexto gambioafetivo, surge a importância do software livre: "quando o código é livre é constituição e liberdade dos fluxos de energia; quando sou o outro e o outro sou eu"... compartilhemos códigos-experiências... não-egoísmo!pra que toda essa conversa? amenizar nossa escassez de relações afetivas causada por essa frieza das máquinas cotidianas, que refletem nos nossos relacionamentos?precisamos dos gambioafetos, a lógica-não-lógica afetiva, para atingir a surrealidade computacional plena!computação afetiva , the emotion machines (marvim minsky) -atores sintéticos ps: "constituição de um território móvel de conexões afetivas"como construir algoritmos e estrutura de dados psíco-computacionais afetivos?

"um psiquismo integral, portanto capaz de afeto, pode ser analisado segundo quatro dimensões complementares: uma topologia, uma semiótica, uma axiologia e uma energética. (...)" "topologia: o psiquismo é estruturado a cada instante por uma conectividade, sistemas de proximidades ou um "espaço" específico: associações, ligações, caminhos, portas, comutadores, filtros, paisagens de atratores. a topologia do psiquismo está em transformação constante, certas zonas sendo mais móveis e outras mais fixas, algumas mais densas e outras mais frouxas." "semiótica: hordas mutantes de representações, de imagens, de signos, de mensagens de todas as formas e todas as matérias (sonoras, visuais, téteis, proprioceptivas, diagramáticas) povoam o espaço das conexões. ao circularem pelos caminhos e ao ocuparem as zonas de topologia, hordas de signos, ou grupos de signos, podem também ser chamados de agentes. simetricamente, as transformações da conectividade influem sobre as populações de signos e de imagens. a topologia é ela mesma o conjunto das conexões ou relações, qualitativamente diferenciadas, entre os signos, as mensagens ou os agentes."

"axiologia: as representações e as zonas do espaço psíquico estão ligadas a "valores" positivos e negativos segundo diferentes "sistemas de medidas". esses valores determinam tropismos, atrações e repulsas entre imagens, polirizadas entre zonas ou grupos de signos. os valores são por natureza móveis e mutáveis, embora alguns também possam demonstrar estabilidade.""energética: os tropismos ou valores associados às imagens podem ser intensos ou fracos. o movimento de um grupo de representações pode vencer certas barreiras topológicas (afrouxar certas ligações, criar outras, modificar a paisagem de atratores) ou, por falta de "força", permanecer aquém delas. o conjunto do funcionamento psíquico é assim irrigado e animado por uma economia "energética": deslocamentos ou imobilizações de forças, fixação ou mobilização de valores, circulações ou cristalizações de energia, investimento ou desinvestimento em representações, conexões, etc."

A intimidade não se baseia no conteúdo da relação. Inversamente, certas situações externas ou climas podem mover-nos a fazer confissões muito pessoais, usualmente reservadas somente aos amigos mais próximos, a pessoas relativamente estranhas. Mas em tais casos nós sentimos que este conteúdo "íntimo" não faz deste encontro um contato íntimo. Pois em sua significação básica, a relação em seu todo para com essa pessoa estranha é baseada apenas em seus ingredientes gerais, não individuais.Daí a superficialidade das relações virtuais.
e que nada disto nos leve a crer que o amor não transborde todas as nossas dores e a de nossxs queridxs... 

O casamento é a relação sexual mais profunda a que chega a moça. Não com seu jovem marido, mas com seus pais e familiares.

A família sempre foi objetiva com ele, nunca deixaria de ser um objeto relacional.

A lógica da esposa é a escravidão no conforto afetivo que proporciona pela criação de uma segurança, tanto mais perigosa quanto ilusória. O controle do marido se dá facilmente, tanto quanto ele acredite que é uma parte dela. A expansão natural de sua alma e corpo no domínio instaurado pela monogamia.

A monogamia cortês é o mais próximo do ideal de uma planária a que chegamos enquanto espécie. O império dos sentidos, base da cultura.

A casa é o corpo do casal, última instância destas tramas de individuação da subjetividade. O romance é aracnídeo como a sedução é ofídia.

Em família, a aranha quer ao máximo expor as feridas de seu cônjuge para que os que realmente trata como seus se alimentem. O marido é um sacrifício.

Ele deve permanecer calado, e caso fale, ser imediatamente desmerecido. Assim como a jovem noiva que é humilhada para que possa manter a retroalimentação de sua baixa auto-estima, que a obriga a servir os familiares e continuar esperando por sua nunca vindoura aprovação.

A família mata no casamento os casantes pelo casal.

O que importa aos pais é reduzir qualquer gesto do cônjuge a esmola, cada afeto dele pela moça a violência e qualquer aceitação dela em prol dele em tolice. Há aqui uma competitividade grotesca na qual a família luta contra o desejo da esposa.

Conversar com os familiares da moça, digamos sobre política, seria tão absurdo quanto se Prometeu ficasse a recitar receitas de fígado ao molho para os abutres.

Todo desconforto será legado à vossa psiqué mal resolvida nesta economia das paixões!

-Você não percebe meu afeto!
-Somos abismos, tu e eu! E queres o solo no que nos une...

Ouvi-os sussurando na fresta.

É só surgir um sorriso para que surjam as vozes podres e os olhares nefastos do familiarismo em seu nojo pela beleza pueril e efêmera.

O cônjuge é a máquina de reflexão teórica da esposa. Nele, ela deposita sua auto-análise para poder melhor servir seus amigos e familiares.

Quem quereria viver neste salão de espelhos?

A dureza da rapadura é seu excesso de doçura. Os dentes do jovem não parecem ser fortes para isto. Ele engole o choro nos meus olhos.

Interferir a tal ponto na habitação do filho que tenham, eis o sonho fantasmagórico do familiaresco, a máfia da hierarquia subjetiva advinda das frátrias. As pátrias levaram esta loucura a uma perversidade ainda maior.

O casório é o ritual de docilização dos cônjuges pela recíproca castração perante a regozijante, pagante família, o vulcão dos castrados e os gozos virgens nunca relaizados. Mundo de impotentes!

A casa-casal é um feudo galante, onde em troca do apelido de mar-ido e ex-pouso, o cônjuge pode ser roubado em cada átimo íntimo. Sem couraças, nu, pronto a ser abandonado.

Que morra o amor em detrimento da paz conjugal. Todo território demanda leis. Como seria um casamento a-mór?

Quando a noiva fenomenologiza os afetos dizendo "Você não percebe", ela está na verdade dando uma cotação econômica moral a partir da ilusão semiótica de que ela sim compreende-o. É negado ao marido que se conheça mais que a esposa o faz. Ó vazio despótico da jaula de carne.

A família é um commodity moral, uma aposta de baixo risco nos investimentos afetivos.

"Tudo o que faço é com o maior cuidado."

Cuidar. Eis o elo entre o carcereiro panóptico e a noiva. Nurse.

Logo, em nome de sua saúde, cuidado e segurança está a noiva a agir como mãe do noivo. Cobrando-lhe e com liberdade.

Meu asco aos protetores! Quem me protejerá destes?

Todo protetor enfraquece o protegido.

A monogamia se alimenta de ciúmes e vaidades.

Sogra é o arquétipo da mulher odiadora de homens.

Não há nada que uma filha não conte a sua mãe e que um filho não esconda de seu pai.

E se a serpente se rebelasse contra a águia na bandeira do México?

O marido tem de ser o último a saber.

O único amor possível é o sequestro e a fuga, o crime de não querer castigo. E foi por isto que te amordacei e trouxe à minha cama.



Culto Dialegital ao Contra

Não bastaram todos os livros ou palavras memorizáveis em cantos do peso da moeda (pound's pound), nada que não fosse alegria de viver teve valor maior que seu uso (dever utilitarista). Cultuamos o humano culto, húmus do labor à nau, até ver-lhe as florróidas enciclopêuticas envenenando o sorriso de gesto em fézes cientecníficas. Cultuamos a humilde humanidade em seus cultos de fé na massa da missa (mess games) até que esquecemos que os olhos eram sementes de atos e fizéssemos latifúndios improdutivos de nossas chacras.
Nem mesmo notar isto nos adiantou para sorrirmos e empinarmos nossas hélices sem o furor de sermo-nos. Quando postos em resistência à lógica binária, mantivemos sua paridade paraconsistente: Estávamos novamente uns contra os outros e contra nós mesmos. O nível de sucesso de uma conspiração (sub_versão) de qualquer forma é inversamente proporcional às conspirações internas. Mas o sucesso se tornou nosso inimigo também, afinal nós éramos os filhos do império filho do império.  Somos contra o amor porque ele é a arma de controle digital dos bons e dos maus, somos contra os bons por nos apiedarmos da maldade em nossa ignorância do que queremos e em nossas abstenções plenas de juízo. Cultuamos a contrariedade contínua de nossos desejos e sensos na sensualidade da alteridade. Somos contra como falamos, quereríamos a novalíngua do polvo.
Somos também a imaginação do futuro, sua sombra de luz. Aprendemos, seja lá o que fôr, mas aprendemos e este é um império sobre os sentidos pela pedagoria. Somos os tiozões de moleques que já pensam como aparelhos, avós de minas que sentem como máquinas. Deste avesso do heroísmo, seres com a pele (religação toque) para dentro dalma e os órgãos (complexos de estratificação) expostos, quando fazemos algo de bom nos sentimos podres imperialistas do culto à classificação (hierarquia semântica) da linguagem, e quando somos elogiados ou gratificados nos humilhamos como os piores detratores da espécie por nossas horrendas demonstrações de fragilidade. Sempre a ruir contra o sucesso porque não temos mitos ou heróis que tenham sucedido em suceder sem sucumbir aos seus próprios desejos em prol dos outros. E ainda que sabendo disto, não nos ouviríamos em nome de enterrar alguma língua já morta. 
Fomos programados para ir contra o sucesso de qualquer empreitada, baseados nas premissas da continuidade inequívoca da guerra de todos contra todos. E nas ramificações naturais deste processo nos âmbitos de nossas subvivências: a vã guarda das modas de modos de atuação social do culto digital na cultura de ações e sócios; a competição das competências que embasam o macrocoletivismo denegrindo os afetos imediatos e diretos das microrganizações expontâneas. Negamos o tempo e a duração e por nossa admirável arrogância não queremos nos inserir como possibilidade de alguém que errou-se em si nem tampouco como mais uma escola, parte-ido, seita ou clube. Somos contra heróis, solistas, guerrilhas, os malditos gênios acorrentados como placas de rede slave a depender de suas memórias nas vaidades dos próximos. Temos vergonha de termos tido inspirações e nos chicotearemos mutuamente até que os burrocratas morram de rir em suas mansões. Contra o próximo em nome da ubiqüética.
Contra a quantificação dos valores em dígitos cultuamos uma física dos qualia. Contra os complexos de épicos e as simificações côsmicas, contra-dígit forjamos uma syncomplexão e comsimplia. Uma crítica da razão metacrítica repousa no umbigo de todo fazedor de mudos, o que fala. O rolo com-im-pressor agora já imprime impressoras, como se escrevem línguas e programam programadores. Qual o papel do papel? A mão que assina o ato manchada de gangue.A resistência é a geradora da eletrocidade. O estatal é estático, ex-táctil. Somos contra a idealização da loucura e sua institucionalização, a arte; e a idealização do corpo produto e sua mercantilização, a arte. Mas só sabemos ser artistas e talvez de fato o sejamos para além de nossas escolhas e programações.
Não bastaram todas as cartas de baralho, amor e amizade dos poetas, o cânone é o canhão nas muralhas do diálogo (a praça púbica). Somos contra a poesia, código do real, quereríamos ler direto na dnatureza legislada pela matéria. Mas ainda não queremos digitar a contracultura, somos contra o trabalho e achamos a preguiça a única opção contra a entretenimentação do ócio e da vida. Somos contra o diálogo, ligação serial das dúvidas, virús de sistemas cognitivos. Contra o casal, a ascese, a higiene, a trindade, a suruba da série e o solilóquio da mônada mas ainda não conseguimos falar todos ao mesmo tempo e nos ouvir em paz e ciência.  Quem cala consente, eu não calo (mas sou contra falar na primeira pessoa do singular). Nos almejamos rastros e dejetos. Dig it all! Contra a anarqueologia e o desespero do esquecimento cultuamos a abolição da escritura no dialeto sutil. Evacuamo-nos de qualquer coisa que nos lembre da beleza das pequenas coisas.
Contra a publicação, produção e veiculação de mais objetos de consumo cultural para a alienação da própria publicação, produção e veiculação dos processos de produção cultural.
E antes de tudo, somos contra estarmos contra tudo. Bla bla bla amamos contra você...