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Ciberpatia
3>3<Gambioafetividade
Performance dos encontros, afeto como mídia das maquinas sociantes. Como tornar os afetos para além das conexões sinapticas? Sinapses para além dos circuitos. Imagens para alem dos signos, toque no limite da idéia. Se tocam os corpos alem de onde a eletricidade conecta.
A transmutação de uma mosca em aranha. Como colocar o afeto dos signos como tecnologia? As conexões das faces, fantasias em ruído menor, produção de afetividade pelos prismas timbristicos, Produção de catarses. Conexões da festa e dos encontros, na produção dos fantasmas do aparelho e dos sonhos das maquinas. Qual a ética-estética dos afetos? Qual o modo de ser do que se gestando. ambioafetividade para nao cair no arrastão dos afetos? Urano em Peixes. Dever-devir dos amores liqüefeitos. Qual a cancao de amor da solda para a placa de silicio? Como se rala o joelho de um micro-controlador e escuta o grito que vem de dentro das suas vísceras. Vísceras?
Semi-condutores? Computação afetiva. Dentes à mostra, sorriso ou ódio? Reconhecimento de faces e expressões faciais recai em um problema de particionamento de um espaço de características. Simples assim. conseguiremos atingir a máquino-afetividade a partir do momento que conseguirmos atingir a não-lógica através da lógica científica. como fazer uma calculadora apresentar inequivocamente que 1+1=3, através de uma lógica técnica perfeita? não se trata de fazer a máquina sentir, mas como fazer que elas representem afetos, coisas que vão além da lógica perfeita da programação.
animal, larva augusta e solitdária
monogamiconormativismo. assim como no início das lutas por liberdade de genêro se prendia a poética pós-pornô (queer transgenérico) a um monte de preconceitos (vindos de fora e dos próprios participantes do movimento GBLTX) como bichinhas e sapas querendo fazer putaria, agora nos vemos reduzindo uma expansão social da ternura com preconceitos emocionais e relacionais arraigados tão a fundo que nem percebemos o quão triste é o nosso romance com o erotismo e o nosso erotismo com o romance.
Energia de contágio.
Afeto que transborda os códigos e vence a dureza da lógica matemática. Aprendizes de códigos bebendo e descobrindo a magia elétrica dos binários no sensível. Afetações de binários que sustentam perceptos e afetos. Como o código pode ser cor, som, gesto, forma? Como o sorriso transborda o reconhecimento da face que a máquina insiste em configurá-la? enquadrá-la? O amor cortês (monogâmico não-contratual) é probabilisticamente raro, e tratá-lo como tal, é uma forma de dar-lhe o devido respeito e tirar o peso terrível que tais relacionamentos adquiriram sobre a subjetividade humana (não só para os casai) para retomar as potências amorosas das partes envolvidas (um casal são no mínimo 3 nós numa rede ao invés de uma empresa). que digo? então, me sinto inclinado a crer que, somos levados a assumir as múltiplas possibilidades de amar (a plurigamia ou multigamia, como queiram) sendo um afrodisíaco de honestidade aos amores bilaterais.
arrancar a dentes cada processador existente no mundo, costurando no lugar, com pele e barramentos orgânicos, um legítimo coração humano! façamos isso, de modo que cada pulso de clock seja transmutado no mais apaixonado dos sangues do mais louco poeta;
com todas as suas hemácias, plaquetas, doenças, e devaneios... façamos isso agora, amigos, para assim, quem sabe, chegar algum dia
na conclusão lógica, inequívoca, e perfeita: 1 + 1 = 3!
o que é tecnologia?o que é o afeto?o que são as tecnologias do afeto?
não se trata de livros de faces: falamos de afeto, relações pessoais ponto-a-ponto, não de dados frios e redutores (jaron lanier);os afetos estão muito além de qualquer conexão circuito/sináptica; é a "expressão qualitativa da quantidade de energia de vida", que extrapola qualquer forma de descrição objetivo (inclusive esta!); só podemos chegar mais próximo de compreendê-la através de uma análise complexa (edgar morrin) levando em conta todos seus aspectos/paradoxos; a gambioafetividade herda tal característica;abaixo a cibernética: não somos máquinas! o homem e suas relações não podem ser descritas em função desse sofisma; queremos mediar nossas relações/expressões afetivas através delas, mas nunca nos reduzirmos a elas!como criar tais tecnologias de afeto? construir junto? pair programming?compartilhar a solda? "technology for human beings"? "connecting people"?
nesse contexto gambioafetivo, surge a importância do software livre: "quando o código é livre é constituição e liberdade dos fluxos de energia; quando sou o outro e o outro sou eu"... compartilhemos códigos-experiências... não-egoísmo!pra que toda essa conversa? amenizar nossa escassez de relações afetivas causada por essa frieza das máquinas cotidianas, que refletem nos nossos relacionamentos?precisamos dos gambioafetos, a lógica-não-lógica afetiva, para atingir a surrealidade computacional plena!computação afetiva , the emotion machines (marvim minsky) -atores sintéticos ps: "constituição de um território móvel de conexões afetivas"como construir algoritmos e estrutura de dados psíco-computacionais afetivos?
"um psiquismo integral, portanto capaz de afeto, pode ser analisado segundo quatro dimensões complementares: uma topologia, uma semiótica, uma axiologia e uma energética. (...)" "topologia: o psiquismo é estruturado a cada instante por uma conectividade, sistemas de proximidades ou um "espaço" específico: associações, ligações, caminhos, portas, comutadores, filtros, paisagens de atratores. a topologia do psiquismo está em transformação constante, certas zonas sendo mais móveis e outras mais fixas, algumas mais densas e outras mais frouxas." "semiótica: hordas mutantes de representações, de imagens, de signos, de mensagens de todas as formas e todas as matérias (sonoras, visuais, téteis, proprioceptivas, diagramáticas) povoam o espaço das conexões. ao circularem pelos caminhos e ao ocuparem as zonas de topologia, hordas de signos, ou grupos de signos, podem também ser chamados de agentes. simetricamente, as transformações da conectividade influem sobre as populações de signos e de imagens. a topologia é ela mesma o conjunto das conexões ou relações, qualitativamente diferenciadas, entre os signos, as mensagens ou os agentes."
"axiologia: as representações e as zonas do espaço psíquico estão ligadas a "valores" positivos e negativos segundo diferentes "sistemas de medidas". esses valores determinam tropismos, atrações e repulsas entre imagens, polirizadas entre zonas ou grupos de signos. os valores são por natureza móveis e mutáveis, embora alguns também possam demonstrar estabilidade.""energética: os tropismos ou valores associados às imagens podem ser intensos ou fracos. o movimento de um grupo de representações pode vencer certas barreiras topológicas (afrouxar certas ligações, criar outras, modificar a paisagem de atratores) ou, por falta de "força", permanecer aquém delas. o conjunto do funcionamento psíquico é assim irrigado e animado por uma economia "energética": deslocamentos ou imobilizações de forças, fixação ou mobilização de valores, circulações ou cristalizações de energia, investimento ou desinvestimento em representações, conexões, etc."
A intimidade não se baseia no conteúdo da relação. Inversamente, certas situações externas ou climas podem mover-nos a fazer confissões muito pessoais, usualmente reservadas somente aos amigos mais próximos, a pessoas relativamente estranhas. Mas em tais casos nós sentimos que este conteúdo "íntimo" não faz deste encontro um contato íntimo. Pois em sua significação básica, a relação em seu todo para com essa pessoa estranha é baseada apenas em seus ingredientes gerais, não individuais.Daí a superficialidade das relações virtuais.
e que nada disto nos leve a crer que o amor não transborde todas as nossas dores e a de nossxs queridxs...
O casamento é a relação sexual mais profunda a que chega a moça. Não com seu jovem marido, mas com seus pais e familiares.
A família sempre foi objetiva com ele, nunca deixaria de ser um objeto relacional.
A lógica da esposa é a escravidão no conforto afetivo que proporciona pela criação de uma segurança, tanto mais perigosa quanto ilusória. O controle do marido se dá facilmente, tanto quanto ele acredite que é uma parte dela. A expansão natural de sua alma e corpo no domínio instaurado pela monogamia.
A monogamia cortês é o mais próximo do ideal de uma planária a que chegamos enquanto espécie. O império dos sentidos, base da cultura.
A casa é o corpo do casal, última instância destas tramas de individuação da subjetividade. O romance é aracnídeo como a sedução é ofídia.
Em família, a aranha quer ao máximo expor as feridas de seu cônjuge para que os que realmente trata como seus se alimentem. O marido é um sacrifício.
Ele deve permanecer calado, e caso fale, ser imediatamente desmerecido. Assim como a jovem noiva que é humilhada para que possa manter a retroalimentação de sua baixa auto-estima, que a obriga a servir os familiares e continuar esperando por sua nunca vindoura aprovação.
A família mata no casamento os casantes pelo casal.
O que importa aos pais é reduzir qualquer gesto do cônjuge a esmola, cada afeto dele pela moça a violência e qualquer aceitação dela em prol dele em tolice. Há aqui uma competitividade grotesca na qual a família luta contra o desejo da esposa.
Conversar com os familiares da moça, digamos sobre política, seria tão absurdo quanto se Prometeu ficasse a recitar receitas de fígado ao molho para os abutres.
Todo desconforto será legado à vossa psiqué mal resolvida nesta economia das paixões!
-Você não percebe meu afeto!
-Somos abismos, tu e eu! E queres o solo no que nos une...
Ouvi-os sussurando na fresta.
É só surgir um sorriso para que surjam as vozes podres e os olhares nefastos do familiarismo em seu nojo pela beleza pueril e efêmera.
O cônjuge é a máquina de reflexão teórica da esposa. Nele, ela deposita sua auto-análise para poder melhor servir seus amigos e familiares.
Quem quereria viver neste salão de espelhos?
A dureza da rapadura é seu excesso de doçura. Os dentes do jovem não parecem ser fortes para isto. Ele engole o choro nos meus olhos.
Interferir a tal ponto na habitação do filho que tenham, eis o sonho fantasmagórico do familiaresco, a máfia da hierarquia subjetiva advinda das frátrias. As pátrias levaram esta loucura a uma perversidade ainda maior.
O casório é o ritual de docilização dos cônjuges pela recíproca castração perante a regozijante, pagante família, o vulcão dos castrados e os gozos virgens nunca relaizados. Mundo de impotentes!
A casa-casal é um feudo galante, onde em troca do apelido de mar-ido e ex-pouso, o cônjuge pode ser roubado em cada átimo íntimo. Sem couraças, nu, pronto a ser abandonado.
Que morra o amor em detrimento da paz conjugal. Todo território demanda leis. Como seria um casamento a-mór?
Quando a noiva fenomenologiza os afetos dizendo "Você não percebe", ela está na verdade dando uma cotação econômica moral a partir da ilusão semiótica de que ela sim compreende-o. É negado ao marido que se conheça mais que a esposa o faz. Ó vazio despótico da jaula de carne.
A família é um commodity moral, uma aposta de baixo risco nos investimentos afetivos.
"Tudo o que faço é com o maior cuidado."
Cuidar. Eis o elo entre o carcereiro panóptico e a noiva. Nurse.
Logo, em nome de sua saúde, cuidado e segurança está a noiva a agir como mãe do noivo. Cobrando-lhe e com liberdade.
Meu asco aos protetores! Quem me protejerá destes?
Todo protetor enfraquece o protegido.
A monogamia se alimenta de ciúmes e vaidades.
Sogra é o arquétipo da mulher odiadora de homens.
Não há nada que uma filha não conte a sua mãe e que um filho não esconda de seu pai.
E se a serpente se rebelasse contra a águia na bandeira do México?
O marido tem de ser o último a saber.
O único amor possível é o sequestro e a fuga, o crime de não querer castigo. E foi por isto que te amordacei e trouxe à minha cama.
A família sempre foi objetiva com ele, nunca deixaria de ser um objeto relacional.
A lógica da esposa é a escravidão no conforto afetivo que proporciona pela criação de uma segurança, tanto mais perigosa quanto ilusória. O controle do marido se dá facilmente, tanto quanto ele acredite que é uma parte dela. A expansão natural de sua alma e corpo no domínio instaurado pela monogamia.
A monogamia cortês é o mais próximo do ideal de uma planária a que chegamos enquanto espécie. O império dos sentidos, base da cultura.
A casa é o corpo do casal, última instância destas tramas de individuação da subjetividade. O romance é aracnídeo como a sedução é ofídia.
Em família, a aranha quer ao máximo expor as feridas de seu cônjuge para que os que realmente trata como seus se alimentem. O marido é um sacrifício.
Ele deve permanecer calado, e caso fale, ser imediatamente desmerecido. Assim como a jovem noiva que é humilhada para que possa manter a retroalimentação de sua baixa auto-estima, que a obriga a servir os familiares e continuar esperando por sua nunca vindoura aprovação.
A família mata no casamento os casantes pelo casal.
O que importa aos pais é reduzir qualquer gesto do cônjuge a esmola, cada afeto dele pela moça a violência e qualquer aceitação dela em prol dele em tolice. Há aqui uma competitividade grotesca na qual a família luta contra o desejo da esposa.
Conversar com os familiares da moça, digamos sobre política, seria tão absurdo quanto se Prometeu ficasse a recitar receitas de fígado ao molho para os abutres.
Todo desconforto será legado à vossa psiqué mal resolvida nesta economia das paixões!
-Você não percebe meu afeto!
-Somos abismos, tu e eu! E queres o solo no que nos une...
Ouvi-os sussurando na fresta.
É só surgir um sorriso para que surjam as vozes podres e os olhares nefastos do familiarismo em seu nojo pela beleza pueril e efêmera.
O cônjuge é a máquina de reflexão teórica da esposa. Nele, ela deposita sua auto-análise para poder melhor servir seus amigos e familiares.
Quem quereria viver neste salão de espelhos?
A dureza da rapadura é seu excesso de doçura. Os dentes do jovem não parecem ser fortes para isto. Ele engole o choro nos meus olhos.
Interferir a tal ponto na habitação do filho que tenham, eis o sonho fantasmagórico do familiaresco, a máfia da hierarquia subjetiva advinda das frátrias. As pátrias levaram esta loucura a uma perversidade ainda maior.
O casório é o ritual de docilização dos cônjuges pela recíproca castração perante a regozijante, pagante família, o vulcão dos castrados e os gozos virgens nunca relaizados. Mundo de impotentes!
A casa-casal é um feudo galante, onde em troca do apelido de mar-ido e ex-pouso, o cônjuge pode ser roubado em cada átimo íntimo. Sem couraças, nu, pronto a ser abandonado.
Que morra o amor em detrimento da paz conjugal. Todo território demanda leis. Como seria um casamento a-mór?
Quando a noiva fenomenologiza os afetos dizendo "Você não percebe", ela está na verdade dando uma cotação econômica moral a partir da ilusão semiótica de que ela sim compreende-o. É negado ao marido que se conheça mais que a esposa o faz. Ó vazio despótico da jaula de carne.
A família é um commodity moral, uma aposta de baixo risco nos investimentos afetivos.
"Tudo o que faço é com o maior cuidado."
Cuidar. Eis o elo entre o carcereiro panóptico e a noiva. Nurse.
Logo, em nome de sua saúde, cuidado e segurança está a noiva a agir como mãe do noivo. Cobrando-lhe e com liberdade.
Meu asco aos protetores! Quem me protejerá destes?
Todo protetor enfraquece o protegido.
A monogamia se alimenta de ciúmes e vaidades.
Sogra é o arquétipo da mulher odiadora de homens.
Não há nada que uma filha não conte a sua mãe e que um filho não esconda de seu pai.
E se a serpente se rebelasse contra a águia na bandeira do México?
O marido tem de ser o último a saber.
O único amor possível é o sequestro e a fuga, o crime de não querer castigo. E foi por isto que te amordacei e trouxe à minha cama.
Bioeco Incompleto
"Vida incompleta ecoa humanidade." - Stephánne Mallarmé em carta a Paul Valéry.
I. Bio: “Tudo soa, mas o que sempre musica?”
O som constitui um ser vivo e uma forma de entranhamento vital com ressonâncias sutis sobre a própria vida que a muito pouco tempo tivemos experimentos empíricos o bastante para passarmos a perceber de modo científico.
_
Uma definição simples de vida é a de um fenômeno que anima a matéria. Qualquer ente material ao ser animado em meio aéreo produz modulação de pressão, percebida como som pela escuta.
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Considera-se tradicionalmente que uma entidade é um ser vivo se exibe todos as seguintes características pelo menos uma vez durante a sua existência:
§ Crescimento, produção de novas células. Os sons ressoam as escutas e através de seus hospedeiros humanos, se multiplicam tanto física como abstratamente. Daí nascem os instrumentos-totem do áudio (os alto falantes e gravadores), os modos de vida centrados em ritos sonoros e os lugares comuns das línguas, os fonemas.
§ Metabolismo, consumo, transformação e armazenamento de energia e massa; crescimento por absorção e reorganização de massa; excreção de desperdício. As escutas humanas são aparelhos metabólicos do som. As estruturas geométricas musicais (melodias, ritmos, harmonias) são as enzimas que gerem o conjunto de transformações que os fluxos químicos do entranhamento sofrem no interior da escuta. Os ruídos intencionais (rúsica) são suas excrescências.
§ Movimento, quer movimento próprio ou movimento interno. O som é o próprio atravessamento entre estes dois modos de movimentação. Não sabemos distinguir a afinação do mundo da de nosso sistema nervoso e sanguíneo.
§ Reprodução, a capacidade de gerar entidades semelhantes a si própria. Basta notar os sistemas de reprodutibilidade de cantos e rugidos nos animais, as mudanças harmônicas do timbre de uma folha de acordo com seu desenho.
§ Resposta a estímulos, a capacidade de avaliar as propriedades do ambiente que a rodeia e de agir em resposta a determinadas condições. O humano é o sistema nervoso do som e devido à sua efêmera existência (as diversas taxas de atualização da escuta como o tempo de vida de um som) poderíamos dizer que também seu espaço, seu canto. Através de nós, ele ecoa como subjetivação.
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O som é vivo sistema autopoético em constante evolução, tanto molecular (musical), como especimal (aural) que maximiza o seu leque de futuros possíveis.
§ E a escuta viva, um sistema que reduz localmente a entropia (ruído) mediante um fluxo de energia criadora de formas geométrico-musicais.
1.1. Bioacústica..
Ouvir o audível (a totalidade abstrata dos sons além mesmo de nossa escuta) é uma composição vital de foco da escuta. Esta hiperestrutura Não existe ainda nenhum modelo consensual para a origem da vida como para a origem do som e da música, mas a maioria dos modelos atualmente aceitos na biologia baseiam-se duma forma ou doutra nas seguintes descobertas:
§ Condições pré-bióticas plausíveis resultam na criação das moléculas orgânicas mais simples, como demonstrado pela experiência de Urey-Miller.
§ Fosfolípidos formam espontaneamente duplas camadas, a estrutura básica da membrana celular.
§ Processos para a produção aleatória de moléculas de RNA podem produzir ribozimas capazes de se replicarem sob determinadas condições.
Existem muitas hipóteses diferentes no que respeita ao caminho percorrido das moléculas orgânicas simples às protocélulas e ao metabolismo. A maioria das possibilidades tendem quer para a primazia dos genes quer para a primazia do metabolismo; uma tendência recente avança modelos híbridos que combinam aspectos de ambas as abordagens.
Podemos definir carne e água como arquiacústica (princípios da escuta) humana. Ouvir é espacial, sensitivo e temporal. Ouvir permite-nos saber das características de um espaço (altura, largura, profundidade), sendo portanto forma primeira de arquitetura (enquanto construção abstrata de estruturas ambientais), seu presente. O som penetrável, a escuta relacional.
‡ Ele está sentado numa sala diferente da que você está agora. Ele está gravando o som de sua voz falando e vai tocá-lo novamente nesta sala de novo e de novo até que as frequências ressonantes da sala reinforcem-se de modo que qualquer semelhança de seu discurso, com excessão do ritmo, seja destruído. O que você ouvirá, serão as frequências de ressonância naturais da sala articulada pela fala. Ele não toma tal atividade como uma demonstração de fatos físicos, mas mais como uma maneira de suavizar quaisquer irregularidades que sua fala possa ter. O que resta da voz é um punhado de ressonâncias, que fazem parte do corpo acústico da sala.
§ Arquiacústica infrasônica da música e adaptaudição da escuta musical dos focos de escuta pela composição do audível.
‡ Caladas todas as aves e insetos assim que falou a cachoeira, buraco negro no espectro. Fonte do sintom inesgotável.
1.2. Biofonia.. cristal e fumaça
§ Ergofonias entre Geofonias e Fisiofonias.
Música, a flor do som.
§ Molecularidades harmônicas contextuais.
1.3. Bioruído.. hardware e software
§ Transgêneros aurais.
II. Eco: “Há um trovão que antecede o raio.”
A escuta do sondador. O Grito de Eco a Narciso. Apesar de a luz ser mais veloz que o som em proporção astronômica, a percepção humana ocorre de maneira inversa e percebe os sons como imediatos aos quais as imagens se seguem. "Ouvir propõe, Ver dispõe."
2.1. Ecoacústica..
§ Do som ambiente à sonosfera pelo urbanismo acústico dos nichos soantes.
§ Espectro livre
2.2. Ecofonia..
§ Antropofonia e Sociofonia na ressonância da entrescuta no audível.
§ Produção cultural de ambientes acústicos pseudo-naturais. Turismo musical e paisagem sonora. Confinamento da escuta interna à muzak-jingle e da externa alienada aos seus ruídos. Zooacústica e o confinamento segregário como modelo de controle do instinto auditivo.
2.3. Ecoruído..
§ Ressonância espectral e ruído criador.
§ Travessia aural de paisagens ruidísticas.
III. Bioeco:
A composição de uma ressonância vital através do som. Peito a vapor. Primeiro ser vivo eletromecânico...
3.1. Bioecoacústica..
§ Acusmática primordial do princípio vital.
§ Captação e captura. Panfônico, privacidade e controle aural.
• Metareciclando escutas. Gambiologia como base estrutural do steampunk.
3.2. Bioecofonia..
§ Maquineísmos e orgasmonismos.
3.3. Bioecoruído..
§ Aura, crença soante e resistência civil da escuta.
...
o texto explodiu pra fora do sistem...
:
O material da música, assim como quer Bakhtin, não é o som, e sim o efeito, a tensão volitiva do artista que molda esse material. a arte sonora coloca a sensação diretamente no centro das afecções
O que resta da voz é um punhado de ressonâncias, que fazem parte do corpo acústico da sala.
A performance, como afirmação da vivência interpessoal, é a afirmação dessa passagem do material (que vibra) para o imaterial que é vibrátil, que ressoa.
Arte terrestre-sonora (land-soundart) que mistura dois movimentos estéticos: um criado a partir da situação de escuta, que exige participação – o caminhar pelo campo que realiza a mixagem –, e outro que é a própria instalação em si – os alto-falantes pelo campo de escutas podem ser contemplados à distância.
Pintamos, esculpimos, compomos, escrevemos com sensações. As sensações, como perceptos, não são percepções que remeteriam a um objeto (referência): se se assemelham a algo, é uma semelhança produzida por seus próprios meios, e o sorriso sobre a tela é somente feito de cores, de traços, de sombra e de luz. Se a semelhança pode impregnar a obra de arte, é porque a sensação só remete a seu material: ela é o percepto ou o afecto do material mesmo, o sorriso de óleo, o gesto de terra cozida, o élan do metal, o acocorado da pedra romana e o elevado da pedra gótica. O material é tão diverso em cada caso (o suporte da tela, o agente do pincel, ou da brocha, a
cor no tubo), que é difícil dizer onde começa e onde acaba a sensação, de fato.
Infelizmente, ouvimos o ruído, já não podemos fazer como se só existíssemos nós e Deus no mundo; lamentos, gritos, soluços, brados, encantamentos nos agridem muito antes de receberem sentido; temos, pois, de compor música a cada instante para sobreviver […] Sem essa obra de fundo que contém o ruído de fundo, nada se mantém unido, nem as coisas no mundo, nem as pessoas no coletivo, nem os sentidos, nem as artes, nem as partes do corpo. A música vem da filosofia, ninguém pode se dedicar à segunda sem passar pela primeira.
Como com a fotografia, a gravação sonora foi desenvolvida consistentemente em busca de um refinamento da sua maior virtude perceptível: a habilidade em recriar, ainda mais precisamente, um evento retirado do seu tempo e espaço original. As duas mídias foram criadas para preservar um efeito de tempo-real, mas ambas foram manipuladas por artistas para criar realidades que só existem como reprodução.
“Os sons são tecidos com a memória”
O que a arte permite perceber é a diferença existente entre um silêncio meaningless e outro silêncio – um momento de quietude, como container. O silêncio que contém a potência de todas as sonoridades em si. Silêncio pode ser algo que não representa uma negação de sentido ou de produção. A distinção entre ready made e abandono.Vá lá e ouça. Ouça quando isso balança, ouça quando isso roda. Ouça quando você mexe aqui. "Que terror invade a cabeça de Van Gogh, tomada num devir girassol?" Ouve a luz em seu corpo tinta.
O som é captado, gravado, ‘lido’, escutado. O que se passa? O que é que finalmente se escuta no lugar daquilo que foi escutado diretamente? Minha morfomicrofonação (como dizia o Caesar) me torna este monstro entre dançarino sem corpo e poeta sem palavras...
Simetria é falta de informação que procria.
“Sons nãointencionais”, foundsounds & Acusmática: descobrir a potência do som que existe, não no seu instante real e imediato, mas em sua separação de qualquer localidade...
Mudando a produção de música do lado da ação para o da audição, do all sounds a uma situação de always sounds.
Radiação sonora … reflexão… difração … ressonância … 78 ondas estacionárias … realimentação … batimentos … e fala:
"Musa Civ Natura."
Conhecer-fazer em lugar de saber-poder.
Ontogênese da autonomia aural, a complexificação causada pelo ruído, e suas ressonâncias estocásticas cogniscíveis geram uma ampliação
significante entre distintos níveis e naturezas das sensações linguísticas.
Por este tensionamento de um campo da escuta, a mesma pode relaxar outras áreas de tensionamento sinestésico revelando outra faceta da
aura {outraura} como ponte entre ressonância vital e a geofania da músical.
Nutrição aural. Ruído como biodigestor da escuta, tal como a biologia é o estômago da linguagem.
Tumor e urbanismo, carbono e a complexificação além da organização entrópica gestando o câncer capital em seu tumor habitacional da
colméia que já não demanda o contato com a terra ou com o céu pelo encontro subjetivo e midiatiático.
Turismo no lixo cultural, ruídos nas trilhas abertas nos campos das escutas. Quais as empedâncias de um saber na harmonia contextual?
Metaterapia da música, psicofonia.
Entrescuta como inconsciente coletivo aural numa relação, auto-inconsciência da escuta. Ressignificar todo o campo de escutas de uma festa
com uma inserção precisa, efeito coquetel molotov.
Reciclagem e smaplerologia perpretam a produção cultural de lixo (físico e subjetivo), mas como poderíamos um intracuidado soante e uma
intersustentabilidade das escutas (incluindo ressonâncias estocásticas quânticas de qualias.
A lógica imposta ao instinto (zoológica), reduz o devir-animal à territorialidade e encarcera os corpos aos ciclos fechados de vida.
Transpolsão, pleroma de poema:
Silêncio, Por Favor.
Silêncio, por favor! Falar, gesto de profanação. Rompemos as intrincadas tessituras entre silêncio e som para interpormos nosso tremular verborrágico, a explicação quer ter ao inexplicável, o paradoxo é a paixão primeira do que é.
Nos lembremos que informação não é conhecimento, conhecimento não é sabedoria, sabedoria não é beleza, beleza não é amor, amor não é música e a música… a música musica algo para muito além de nós.
Jogados no mundo, movemo-nos aos caprichos da guerra de tudo contra tudo, sinergia das potências… Só habitamos pontes, linguagens, vínculos antropocósmicos perdidos na cegueira das sensualidades, semióticas. Os amantes das mathemas epistémicas cruzam os abismos absurdos pautados em seus cabrestos axiomas, limitam os sensos pelo bom, toda procissão tem sua pragmática ritualística. Ao devaneio poético, resta senão suspirar: Levai-me caminhos!
Ouçamos a sinfonia do (e no) mundo, {…} não podemos esquecer o som das britadeiras e dos automóveis, as pontes estão sempre em construção. Cessasse o esgoto radioativo e suas dança do acasalamento palavra-lei som-potência do cancioneiro; não mais rissem as buzinas do livre-arbítrio e do fluxo; os mascates parassem de vender as vendas; não estendesse o sonic boom aviador às linhas de morte, fuga e fumaça das geometrias orbitais; silenciada a pólis aos seus 40 deciBéis por metro quadrado; ainda assim, a mais delicada sutileza do concreto pleitearia ao fortissimo furioso do barro oco.
A distinção entre ruído e música toca o cerne da estética transcendental, o que é indesejado e o que é desejável do que devem? Esquizofonia, o cárcere auditivo a uma paleta de modulações das ondas sonoras (cortimbre, melodiarmonia, ritmopulso) é também o abrigo de nossos valores oníricos, moiras e morus. Durar cruza o espaço tal qual psiché atravessa qualquer investida do lógos e inversamente. Nos alimentamos das origens que retemos nestas tramas, somos como soamos.
Onde ouvimos o agora? {…} Porão escondido atrás das cópias sob a curva do rio, ponte fictícia do religare entre fé e o que é. A alcova, o ninho, a toca, a terra não tem limites abaixo em nossos sonhos, o porão é o portão do hades. O refúgio sempre está no olho do furacão, os ouvidos não piscam. Aqui está quente porque lá fora faz frio, é numa divergência convergente que alicerçamos nossos paraísos artificiais. É nos invernos da memória que se atualiza o lar de uma casa, sua máquina de afronta ao cosmo e nisto todo cálice é morada, brindemos.

Conseguiríamos calar nossas vontades tempo suficiente para ouvir nossos tantos corpos, porém? {…} Os corpos humanos estão em corpos sociais em corpos arquitetônicos em corpos celestes, e estes, entre outros criam corpos sonoros da mesma maneira que meu corpo linguístico enquanto vos falo.
Que pede-nos aqui e agora esta voz que silencia? Favorecidos com a a-tensão, suspendamos por dez minutos a palavra, não falemos. Experienciemos ao menos uma vez este porão de subjetividades sônicas, devaneemos a outras escutas de nossas incontáveis peles além da ratio-plausível. Para que a música nascida de cada ínfimo movimento e gesto nossos, a harmonia sonora dos corpos ambientes, não nos trespassem despercebida. Só por hoje deixemos soar os cantos de nós, nos esqueçamos só por hoje do véu da técnica e deixemos que a música nos dance. Ouçamo-nos sem palavras. Silêncio, por favor! Em dez minutos musicaremos…
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